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Universitários da Estácio de Sá entrevistam a Quinta Pata

  • NelRay
  • há 19 horas
  • 4 min de leitura

Entrevista Concedida pela Quinta Pata para o Trabalho Acadêmicos da Universidade Estácio de Sá – Campus: Alcântara


Componentes

Antônio Renato da Costa Barros - Curso: Ciências Contábeis

Nycolle Pio Carvalho Cunha - Curso: Administração

Paulo Augusto Santos Ramos - Curso: Ciências Contábeis

Ribas Gomes Vasconcelos Almeida - Curso: Administração

Shayeny Gomes da Silva de Castro - Curso: Administração

Thayná Andrade dos Santos - Curso: Ciências Contábeis



1- Por que vocês começaram a cuidar dos gatos do condomínio?

O Projeto Quinta Pata foi criado em 2022, quando, ao observar da janela do prédio em que moro, a solitária tarefa da cuidadora Claudia Vicente, que cuidava diariamente dos gatinhos do nosso condomínio, conhecido como Alcântara I, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A proposta era criar meios de suporte para suavizar sua missão.

2 - Vocês sabem de onde vieram os gatos?

Em 2022, a Quinta Pata realizou o primeiro Censo Felino do Alcântara I. O relato está no nosso site e no Livro Luna de La Patita, com parte da renda destinada ao Projeto, escrito com o objetivo de esclarecer alguns pontos sobre o assunto e, ao mesmo tempo contar minha difícil adaptação a um animalzinho recém-adotado.

Todos os mais de 100 felinos que temos aqui são resultado da irresponsabilidade de moradores que, em algum momento, abandonaram seus gatos no pátio. Recentemente, tivemos um caso em que a moradora se mudou e simplesmente deixou seu gatinho no pátio, partindo sem olhar para trás. Casos assim têm sido comuns.

3 - Como ocorre a castração e a adoção dos gatos filhotes?

A castração tem sido nosso grande investimento, pois só assim conseguiremos impedir o aumento da população felina. Essa preocupação sempre foi a base do nosso projeto. De lá para cá, dezenas já foram castrados, restando hoje cerca de 15 gatos que, por serem ferais, dificultam nossa aproximação e, consequentemente, a captura para serem levados à castração.

As despesas com a castração envolvem, além do pagamento à clínica, diárias pós- operatórias e medicamentos, que são também conseguidos através de pedido aos colaboradores.

Quando há crias, monitoramos sem retirar os filhotes dos locais originais, evitando assim a rejeição pela mãe. Logo que os consideramos prontos para serem separados, os retiramos e começamos a adaptá-los ao convívio humano, para que possam ser adotados.

4 - Como o restante do condomínio reage aos gatos?

A maioria não compreende que esses animaizinhos, assim como nós humanos, também têm todo o direito de viver e existir coletivamente em locais, não por escolha própria, mas pela incompreensão e desamor dos que os abandonaram.

Eles são considerados residentes e protegidos por lei, embora isso esteja distante de ser visto na prática. Esse grupo, sem apatia pelo amor aos animais e desconhecendo as leis que os protegem, defende a saída deles. Recentemente, alguns gatinhos foram vítimas de envenenamento e mesmo sendo imediatamente socorridos, não sobreviveram.

5 - Existe alguma barreira social que impede vocês de atuarem no local? Caso afirmativo, como lidam com isso?

Lamentavelmente, a incompreensão predomina na mente de muitos. As próprias cuidadoras não são bem vistas por grupos que defendem a saída dos felinos residentes. A forma como elas conduzem isso é com muito amor a esses felinos, sendo para muitos, uma dedicação incompreensível.

6 - Como vocês se mantêm financeiramente? Nossos recursos provêm de contribuições espontâneas, de doações de roupas, objetos para o lar e outros itens que vendemos em nossos bazares trimestrais.

7- Quais são suas maiores despesas? Como vocês controlam isso? Usam alguma plataforma ou planilha?

Nossas despesas mensais ultrapassam R$ 3.000,00 (três mil reais) mensais. Valores que arrecadamos através de contribuições financeiras, doação de ração e das ações que realizamos. Além das despesas mensais, sempre há imprevistos com internações e medicamentos. Todas as despesas são controladas por meio de planilha simples pela Coordenadora Administrativa do nosso Projeto, sempre aberta aos colaboradores.

8 - Já pensaram em se tornar uma ONG? Se sim, por que ainda não?

O Projeto Quinta Pata foi idealizado especificamente para o cuidado, alimentação e tratamento dos gatinhos do nosso condomínio, portanto, não se enquadraria no conceito de uma ONG.

9 - Existe algum patrocínio? Se sim, como eles chegam até vocês?

Não há patrocínios efetivos; existe cooperação de alguns amigos que têm empresa ou comércio por aqui. Quando ocorrem nossos bazares, solicitamos ajuda para cobrir gastos com o aluguel do espaço, alimentação, lanches para os colaboradores e outras despesas relacionadas à preparação, deslocamento e retirada das mercadorias. Por conhecermos nossa realidade financeira que os envolvem, pedimos apenas uma pequena colaboração.

10 - Quem são seus apoiadores?

Nossos apoiadores são pessoas que amam intensamente os animais. Contamos com ajuda de pessoas do nosso condomínio e de muitos simpatizantes de fora, que estão sempre prontos a nos atender quando solicitadas, e que prazerosamente denominamos: nossos Amigos-Anjos

11- Fora do projeto, os participantes têm outras atividades?

A Quinta Pata é o fruto do amor de pessoas dedicadas ao bem-estar animal, no nosso caso, focando nos gatinhos do Alcântara I.

Eu sou Web Designer, Editor e Técnico em Informática e exerço essas funções de casa, associando-as às atividades de Divulgação do Projeto.

Neide Tavares trabalha fora e, concomitantemente, cuida da parte administrativa, promovendo bazares, ações entre amigos e outras atividades, fazendo contato para conseguir verbas para suprir nossas necessidades mensais.

Claudia Vicente, a cuidadora, é a única que cuida exclusivamente dos nossos gatinhos. É uma função imensa, por isso conta também com o apoio para a alimentação diária desses felinos.

Ana Cristina é fisioterapeuta e seu intenso amor pelos felinos a faz dividir seu trabalho de atendimento com essa função.

12 - Gostariam que ajudássemos vocês com o Marketing? Se sim, o que gostariam que fizéssemos?

Podemos discutir essa questão posteriormente. Nada sobrevive sem divulgação e uma ajuda nesse sentido pode ser oportuna para o desenvolvimento do nosso projeto. Principalmente, na busca de patrocinadores efetivos que possam, com suas contribuições, equacionar nossas despesas com essas fofuras.

13 - Qual é a maior dificuldade de vocês agora?

Temos muitas dificuldades, entretanto, uma nos apresenta de forma até maior que a questão financeira é a necessidade de uma Representação Jurídica para nos apoiar em questões de maus-tratos e atentados a esses irmãozinhos menores.

14 - Já buscaram apoio de alguma organização governamental ou religiosa?

Tentamos muitos contatos, muitas vezes apenas para orientação ou encaminhamento sobre determinadas questões. Diversos e-mails foram enviados para políticos, pré-políticos e até mesmo para alguns do ditos defensores de animais, todos igualmente, sem respostas ou apoio efetivo.

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